Maioria das operadoras terá queda de mais de 50% no faturamento do 1° semestre

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Um novo levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) aponta que para 52% das operadoras o faturamento do primeiro semestre de 2021 não atingirá 50% em comparação com o mesmo período de 2020, que foi parcialmente afetado pelo impacto inicial da Covid-19, em parte de março e fortemente em abril, maio e junho. O levantamento feito com associadas Braztoa engloba cerca de 90% das viagens de lazer realizadas no Brasil.

Já em relação ao segundo semestre deste ano, há uma pequena melhoria na percepção e o número de empresas que espera um faturamento que não chegue a 50% cai para 48%. E 20% das pesquisadas espera um faturamento maior que o que ocorreu no mesmo período em 2021, ou seja, as expectativas são mais positivas.

A exemplo do ano passado, por conta da segunda onda, 2021 está se configurando como mais um ano com poucas oportunidades para viagens nos feriados. Depois do Carnaval e da Semana Santa (que não chegaram a representar 25% do faturamento das operadoras de turismo em relação aos mesmos períodos de 2020), e com a antecipação de outros feriados, em virtude da necessidade de isolamento, o turismo deixa de contar com um importante aliado para a venda de viagens.

O setor acredita no início de uma recuperação ainda no segundo semestre deste ano, que deverá se fortalecer, gradativamente, no decorrer de 2022. A demanda reprimida de viagens ganha cada vez mais corpo e é acompanhada de um movimento de extremo conhecimento das necessidades dos clientes por parte das operadoras, além do estreitamento da relação com fornecedores para oferecer o que as pessoas mais anseiam neste momento: boas oportunidades e segurança.

“O Turismo segue se moldando à atualidade. Sem sombra de dúvidas, os feriados são importantes para a receitas das operadoras, mas nos diferenciamos pela nossa experiência, capacidade de adaptação e empatia. Para atender bem e agregar valor ao cliente aqui na ponta, movimentamos uma longa e dinâmica cadeia de parceiros e esse relacionamento, construído ao longo de anos ou décadas nos possibilita seguir em busca de alternativas que mantenham as empresas ativas e preparadas para esse novo ciclo que vem pela frente. Desenvolvemos novas habilidades, experiências, um novo olhar, estamos nos reinventando para atendermos com excelência e humanidade as viagens que cada indivíduo está ansioso para fazer em breve”, comenta Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa.

FEVEREIRO

Mesmo aquém das cifras de anos anteriores, em fevereiro, 84% das operadoras Braztoa realizaram vendas. 36% disseram que o percentual não alcançou 10% do que foi comercializado no ano anterior e 20% apontaram que as vendas ficarem entre 10 e 25%).

60% das pesquisadas apontaram que os embarques dessas vendas acontecerão entre os meses de março e junho, mesmo percentual de operadoras que apontaram o segundo semestre como período de realização das viagens. Para completar, 40% das empresas venderam roteiros que acontecerão de 2022 em diante.

A lista de destinos nacionais mais comercializados traz Salvador, Fortaleza, Lençóis Maranhenses, Natal, Porto de Galinha e São Paulo (capital e interior). Já no internacional, Punta Cana, Cancun, Maldivas e Dubai se destacam.

Por Igor Régis – Mercado & Eventos

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