A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) está próxima de incluir a vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac na lista de imunizantes habilitados para o certificado sanitário da União Europeia. A vacina é a mais utilizada em países sul-americanos, como Brasil, onde recebeu o nome de CoronaVac, Chile e Uruguai. Já a aprovação da Sputnik V, usada na Argentina ainda deve demorar mais tempo
Na Europa, a vacina da Sinovac é utilizada por apenas dois países membros da União Europeia, Hungria e Bulgária. A expectativa é de que a inclusão da vacina na lista seja oficializada até a próxima terça-feira (25). Nesta sexta-feira (21), o site da EMA listava quatro vacinas em “revisão contínua”: Sinovac, Sputnik V, CureVac e NovaVax. As aprovadas até o momento são as da Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen.
A última atualização sobre a vacina da Sinovac aconteceu em 4 de maio, quando a EMA anunciou que estava iniciando uma “análise em tempo real de dados sobre a segurança, qualidade e eficácia do Sinovac”, a primeira vacina chinesa sob revisão pelo organismo europeu.
“A EMA avaliará a conformidade da vacina inativada COVID-19 (Vero Cell) desenvolvida pela Sinovac Life Sciences com os padrões usuais da UE em termos de eficácia, segurança e qualidade. Enquanto a EMA não pode prever cronogramas gerais, deve levar menos tempo do que o normal para avaliar uma candidatura em potencial devido ao trabalho realizado durante a revisão em andamento”, informou o órgão em nota.
A autorização do imunizante foi dada como certa pelo ministro da Saúde Pública do Uruguai, Daniel Salinas. “A Europa vai tornar Sinovac mais flexível. Uma questão de tempo”, afirmou ele em publicação nas redes sociais na última quarta-feira.
Pessoas de países de outros continentes autorizadas a entrar em destinos da União Europeia estão sujeitas no momento a uma série de restrições e procedimentos, que incluem a apresentação de PCR negativo, realização de um teste na chegada, quarentenas, ou até todas as medidas em conjunto. Viajar com o certificado de vacinação de uma vacina aprovada pela EMA significará não precisar cumprir quarentena, ou, em alguns casos, não pagar por um novo teste PCR.
A vacina da Sinovac também está próxima de ser validada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que também abriria caminho para sua aprovação nas principais agências de saúde do mundo. Segundo relatório da OMS de 18 de maio, a vacina da Sinovac seria aprovada pela organização ainda no mês de maio.
Por Igor Régis – Mercado & Eventos