Disputa pelo Hotel Tambaú se intensifica com proposta de desapropriação

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A histórica disputa judicial pela posse do Hotel Tambaú, um dos principais cartões postais da Paraíba, ganhou um novo capítulo nesta semana, conforme reportagem do portal Turismo em Foco, do jornalista Fábio Cardoso. O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Dinho Dowsley, apresentou um Projeto de Lei que solicita à prefeitura a desapropriação do imóvel, atualmente em litígio entre os grupos AMPAR e A. Gaspar. A proposta visa transformar o local em um complexo esportivo e cultural, com quadras, piscinas e feira de artesanato, sob a justificativa de que o hotel abandonado se tornou um ponto de criminalidade.

A iniciativa de Dinho reacendeu o debate sobre o destino do icônico hotel, que já foi declarado de utilidade pública pela prefeitura em 2021. O empresário André Amaral, do grupo AMPAR, contesta a legalidade da desapropriação, comparando o caso à disputa pelo Aeroclube da Paraíba e alertando para possíveis entraves jurídicos. Amaral argumenta que, por se tratar de um terreno da União, a desapropriação exigiria autorização presidencial, o que poderia prolongar ainda mais a reabertura do hotel.

A prefeitura de João Pessoa, por sua vez, não se manifestou oficialmente sobre a proposta do vereador, o que contraria informações divulgadas anteriormente sobre a intenção de dar prosseguimento ao decreto de desapropriação. Enquanto isso, o grupo A. Gaspar optou por não comentar o assunto.

A proposta de Dinho Dowsley divide opiniões. Seus defensores argumentam que a desapropriação é necessária para revitalizar a área e devolvê-la à população, enquanto seus opositores alertam para os riscos de prolongar ainda mais a disputa judicial e impedir a reabertura do hotel.

Redação

Curso de Design Digital produz Catálogo do Casarão José Rufino

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É a tecnologia a favor da preservação da história

O Casarão Solar José Rufino, um dos monumentos mais importantes da Paraíba, localizado em Areia, no brejo da Paraíba e construído em 1818, exemplar do período da escravidão no Brasil e que possui até uma senzala urbana, recebeu no último final de semana a visita de alunos do Centro Universitário da Unifacisa, do Curso de Design Gráfico Digital. O encontro foi a união da tecnologia para ajudar a preservar a nossa história.

Eles vão produzir um Catálogo Digital do Casarão José Rufino que vai eternizar imagens e conteúdos desse importante monumento e poderá sr acessado através de um QRCode. O professor da disciplina Projeto Integrador do Curso de Design Gráfico Digital, Romero Rodrigues, que liderou a turma, informou que o objetivo é que, além das aulas teóricas sobre marketing, turismo, sustentabilidade e gestão, os alunos tenham uma prática de campo. Ele ressaltou que os alunos são extremamente envolvidos com a disciplina e criaram até um Instragram próprio @designgrafico_digital.

Durante a visita técnica a turma foi dividida em equipes que fotografaram, utilizaram drones, fizeram vídeos internos, gravaram áudios e copiaram os conteúdos de textos da Casa José Rufino que é, atualmente, um museu. Tudo isso para a produção do catálogo à disposição para ser acessado.

Segundo o professor Romero “Esta é uma experiência inédita da Unifacisa e que traz o Casarão José Rufino para o digital, e todos poderão ver e entender a história e o valor dele. Essa atividade será expandida em todo o centro histórico de Areia. Contamos com o apoio da Prefeitura Municipal do Município e da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo -Abrajet – PB através da divulgação”

O professor Danilo Aleixo, doutor em Recursos Naturais que acompanhou  a visita técnica, disse que este trabalho será referência para outros museus pela inovação, sustentabilidade e por aliar a tecnologia à preservação. “ Esse Catálogo Digital contendo o acervo histórico-cultural do Casarão e demais pontos turísticos de Areia estará disponível na palma da mão para todos os usuários Esse Projeto Integrador da turma pioneira do Curso de Design Gráfico Digital  levará todos os envolvidos a dar uma grande contribuição para a sociedade, tornando esse patrimônio mais acessível, inclusive à população. É bom ver projetos como esse que rompem os muros da academia e favorecem a sociedade”.

O aluno Rodrigo Rodrigues está animado: “É um trabalho desafiador porque somos a primeira turma de Design Digital e veio logo esse desafio. Coletamos muito material e eu fiquei responsável pelas imagens. Tudo no mundo é digital e trazer o museu para esse catálogo digital, vai ser maravilhoso, são mais de duzentos anos de história. O mundo está digital e vamos fazer isso em outros pontos turísticos, na rota das cachaças, contribuindo para o turismo também, através da divulgação de Areia” 

A aluna Nicoly Arcanjo, que é a roteirista do projeto do Catálogo Digital do Casarão José Rufino, disse que ele “será uma ferramenta poderosa para contribuir na  preservação  e divulgação da história do museu de forma interativa e acessível. Ele permitirá que visitantes conheçam detalhes sobre o acervo, aumentando o interesse pelo turismo em Areia.”

Rosa Aguiar

Tecnologia imersiva a serviço de um turismo mais inteligente

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Viajar sempre foi sinônimo de descoberta, mas agora, com a evolução da tecnologia, podemos conhecer o mundo muito antes de embarcar. A Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA) já estão transformando profundamente como planejamos, vivenciamos e compartilhamos nossas experiências de viagem. E eu confesso: é fascinante perceber como essas ferramentas estão remodelando o turismo.

Antes de mergulhar nos impactos no setor, é importante entender essas tecnologias. A Realidade Virtual cria um ambiente totalmente digital, imersivo, acessado com dispositivos como óculos VR. Já a Realidade Aumentada sobrepõe elementos digitais ao mundo real, geralmente por meio da câmera do smartphone. Ambas oferecem experiências enriquecedoras, cada uma ao seu modo.

Com a RV, podemos literalmente passear pelas ruas de Roma, visitar museus de Paris ou sobrevoar as montanhas do Chile sem sair do sofá. Essa possibilidade tem mudado o comportamento dos viajantes. Ao testar uma experiência antes da compra, criamos um vínculo emocional com o destino, o que ajuda (e muito!) na decisão da viagem.

Outro ponto que me chama a atenção é como essas tecnologias tornam o planejamento mais eficiente. Podemos conhecer os quartos do hotel, verificar a vista da sacada, explorar as opções de lazer e até simular o clima local. Isso reduz frustrações e evita aquelas decepções clássicas de quando a realidade não corresponde às fotos do site.

Para quem trabalha com turismo, como eu, é inevitável não se encantar com o potencial dessas tecnologias para o marketing. Uma experiência imersiva é muito mais impactante do que uma simples imagem. Destinos turísticos estão criando tours virtuais personalizados que encantam e envolvem, despertando o desejo de visita com muito mais eficiência.

Em uma das edições da Femptur, feira de turismo realizada em Natal, vivi uma experiência com a realidade virtual: mergulhei nas profundezas do oceano e nadei ao lado de tartarugas marinhas. Tudo isso sem sair do lugar. A sensação de imersão foi tão real que parecia que eu estava mesmo, no fundo do mar. Esse tipo de vivência tem se tornado cada vez mais comum nas feiras e eventos de turismo, enriquecendo o portfólio de experiências oferecido aos profissionais do setor.

Um dos aspectos mais nobres da RV é a possibilidade de tornar o turismo mais inclusivo. Pessoas com mobilidade reduzida ou outras limitações físicas podem agora conhecer pontos turísticos de forma segura, confortável e emocionalmente significativa. Isso é algo que emociona e amplia o conceito de turismo para todos.

Chegando ao destino, a RA e a RV continuam presentes. Imagine visitar um sítio arqueológico e, com um óculos ou app, ver reconstruções históricas em tempo real. Ou apontar seu celular para uma construção e receber informações, curiosidades e sugestões personalizadas. Isso já é real em muitos lugares.

A RV também está mudando como compartilhamos nossas viagens. Gravações em 360º permitem que amigos e familiares “viajem” conosco. E para quem trabalha com criação de conteúdo, é uma nova maneira de inspirar e conectar pessoas.

Marcas como Marriott, First Airlines e Visit Wales já usam a RV como estratégia de experiência e marketing. Hotéis oferecem passeios virtuais detalhados, companhias aéreas simulam voos e destinos inteiros estão criando imersões que misturam cultura, história e emoção.

Com a integração da Inteligência Artificial e da Internet das Coisas, a previsão é que essas tecnologias se tornem ainda mais sofisticadas. A personalização da experiência do viajante, do início ao fim, está cada vez mais próxima.

Eu estou empolgada com as possibilidades que essas ferramentas abrem para o turismo. Elas não substituem a satisfação de estar em um novo lugar, mas com certeza potencializam cada etapa da jornada. Afinal, viajar começa muito antes da partida, e agora podemos sentir isso literalmente na pele.

Ana Macêdo

Anywhere Office a revolução dos nômades digitais e seu impacto no turismo

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A evolução tecnológica e a flexibilização das relações de trabalho estão transformando completamente como vemos o turismo e o mercado de trabalho. O Anywhere Office é uma dessas revoluções, permitindo que profissionais desempenhem suas atividades de qualquer lugar do mundo, desde que tenham uma conexão estável com a internet. Esse modelo não apenas redefine a relação das pessoas com o trabalho, mas também tem impulsionado significativamente o setor do turismo.

O conceito de trabalhar de qualquer lugar pode parecer um sonho distante, mas é uma realidade cada vez mais consolidada. A pandemia acelerou a aceitação do trabalho remoto, provando que muitas atividades podem ser executadas fora do ambiente corporativo tradicional. Com isso, muitos profissionais passaram a combinar trabalho e lazer de forma mais equilibrada, sem a necessidade de esperar pelas férias para viajar.

Uma pesquisa da Global Rescue revelou que 59% dos entrevistados acreditam que a flexibilidade no trabalho incentiva não apenas os profissionais, mas também seus familiares a viajarem mais. Esse dado evidencia a conexão direta entre o trabalho remoto e o crescimento do turismo. Além disso, um levantamento do Airbnb apontou que 83% dos entrevistados preferem trabalhar remotamente em acomodações fora de suas residências, refletindo a busca por experiências mais dinâmicas e enriquecedoras.

O Turismo está se beneficiando diretamente desse novo estilo de vida. Destinos que oferecem infraestrutura de qualidade, internet rápida e espaços de coworking estão se tornando os preferidos dos nômades digitais. Ao viajar e trabalhar simultaneamente, muitos profissionais optam por locais que aliam qualidade de vida, cultura rica e boas opções de lazer.

Com essa tendência, hotéis e plataformas de hospedagem estão se adaptando para atrair esse público. Resorts têm investido na criação de espaços de trabalho e destinos turísticos passaram a focar em infraestrutura para atender às novas demandas. Recentemente, li sobre um resort em Florianópolis que implementou salas de aula para crianças acompanhadas por pedagogos, permitindo que os pais trabalhem remotamente enquanto seus filhos estudam. Isso demonstra como o turismo está evoluindo para acompanhar essa nova realidade.

Empresas que adotam o Anywhere Office não apenas se tornam mais atrativas para talentos globais, mas também aumentam a satisfação e a produtividade de suas equipes. Esse modelo de trabalho proporciona um equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional, reduzindo o estresse e melhorando significativamente a qualidade de vida dos colaboradores.

A Maverik 360, por exemplo, sempre priorizou a liberdade geográfica, inclusive porque é 100% digital. Sua sócia-diretora, Fabíola Cottet, trabalha atualmente da Romênia e coordena toda a operação da empresa no Brasil. Histórias como essa mostram como a tecnologia permite novas formas de organização empresarial, eliminando barreiras geográficas e ampliando as possibilidades de trabalho remoto.

Apesar de todas as vantagens, o Anywhere Office também apresenta desafios. A infraestrutura tecnológica precisa ser robusta, a segurança da informação deve ser levada a sério e a autogestão se torna essencial para manter a produtividade. Nem todos os profissionais conseguem se adaptar à falta de uma rotina fixa, o que pode impactar o desempenho de alguns.

Ainda assim, acredito que essa tendência veio para ficar. A integração entre turismo e trabalho remoto já é uma realidade, e destinos que souberem se adaptar às necessidades desse novo público terão uma vantagem competitiva imensa. O Anywhere Office é mais do que uma mudança na dinâmica do trabalho; é uma revolução na forma como vivemos e trabalhamos. E eu, sem dúvidas, estou acompanhando de perto essa transformação.

Ana Macêdo

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